sábado, fevereiro 28

Era Uma Vez [continuação]


Até que um dia entra na história uma jovem que até agora não apareceu (e geralmente quem chega por último resolve tudo). Com essa missão, a moça se apresenta aos oficiais da Guarda Real e vai tentar salvar o príncipe. Olha, examina, sente com as mãos, levanta os braços e... nada. Abre a boca, sente o cheiro, faz uma cara de espanto e comunica ao rei sua conclusão: ele não havia tomado suco de uva nenhum, e sim uma poção de adormecer. Diante do problema, a jovem foi ate a floresta, buscou umas plantas para fazer a poção que iria acordar o príncipe. Feito todo o processo, ele tinha de acordar senão a historia não termina.

Quando abriu os olhos, olhou em volta e perguntou ao pai:
- Meu cavalo já pode andar, papai?
Não acreditando que 1: o filho acordou; 2: foi capaz de lembrar apenas do cavalo, o pai disse que o animal ainda estava doente. O príncipe chamou a mãe e... começou a chorar em seu colo. Não suportando tanta dó, a moça quis ver o cavalo para dar algum jeito. Chegando lá, examinou, levantou o rabo do cavalo, as patas e . . . lá estava o problema ! Havia um grande espinho cravado no casco do pobre quadrúpede. Ela retirou – o , montou no animal e foi ate a janela do quarto do moço.

Quando ele viu seu cavalo são, andando e todo feliz... chorou de emoção. Desceu correndo, beijou o cavalo, mas não esqueceu – se da moça: ofereceu a ela qualquer coisa que lhe pedisse por ter salvado sua vida e seu garanhão. A moça pediu a plantação de algodão, porque a família dela tinha tradição com rodas de fiar, e dez por cento das ações do reino. O rapaz deu – lhe tudo que ela pediu, mas não casou – se com ele porque era gay e estava apaixonado pelo chefe da Guarda Real.

Depois desses acontecimentos, o príncipe, o chefe da Guarda Real e o cavalo foram embora para um reino distante. O Rei e a Rainha tiveram outros filhos. Ficaram decepcionados com o príncipe, mas não podiam fazer nada. A jovem moça abriu uma grande fabrica de tecidos, se tornando em pouco tempo uma grande empresária.

E todos viveram felizes até a peste bubônica chegar.

Era Uma Vez


Era uma vez um príncipe, um castelo, um cavalo e um reino Feliz. O príncipe andava triste porque seu cavalo não andava mais e agora seus passeios pelo reino não podiam ser realizados. O Rei, logicamente o pai do príncipe, preocupou - se com a tristeza do filho: não o via mais sorrir, nem comer, nem dormir. A rainha, logicamente a mãe do príncipe, chegou a perguntar se ele queria outro cavalo de presente, ela o daria todos que quisesse. Mas o príncipe não quis e continuava na solidão da torre do castelo.

Um, belo dia, não muito belo porque chovia um bocado e o sol havia tirado férias, o pai imaginou uma solução: um princesa que fizesse o príncipe feliz. Logo mandou um mensageiro (sempre tem que ter um desse) para avisar a todos os reinos que seu filho procurava uma princesa. E o mensageiro pegou a diligência logo pela manhã, bem cedo, para cumprir as ordens do rei. Mas o príncipe não queria se casar, queria apenas que seu cavalo andasse outra vez. Enquanto a notícia da procura por uma princesa corria pelos reinos, ele chorava, chorava e chorava de dar dó.

No grande dia da festa, o rapaz se arrumou a contra gosto, estava obedecendo sua mãe, e desceu até o salão, repleto de mulheres bonitas ( as princesas, claro) com os mais lindos vestidos de seda ( como se não houvesse outro tipo de tecido). Lançavam olhares para o moço, que acenava com a cabeça e bebia seu suco de uva em solidão.

De repente ( essa e a hora que a história vira de cabeça pra baixo, não é?) o príncipe começa a ficar roxo, sem ar, apontando para a boca. A música parou no mesmo instante, todos olhavam para o príncipe sem entender. Até que ele desmaiou. O pânico tomou conta do salão e foi massagem de todas as técnicas para faze – lo acordar. Mas ele não acordou. A festa acabou naquele momento, o rapaz foi levado para seu quarto em sono profundo, e o Rei e a Rainha fizeram o seguinte comunicado: quem salvasse seu filho teria o privilegio de casar – se com ele. Muitas princesas tentaram, mas em vão.

domingo, fevereiro 1

Dos Assuntos Velhos

Um sentimento nasce. Concretiza no espaço. O que há de mudar se verdadeiro for? Se uma certa carta velha, no fundo da gaveta, amarelada, resolver ser lida, (muitas das linhas nem se vê mais!) O que há de mudar se verdadeiro foi? Se esta carta fosse lida enquanto selo ainda novo, com o preço já pago, nem a mais nem a menos? Com toda certeza: nem um sorriso a mais, Nem um olhar a menos ! O que há de mudar se verdadeiro é? Sinto, não ser fotografia.. Ser um quadro abstrato. Mas se bem decifrado, saberás.. Se verdade foi, é, sempre será.. Entre cada segundo, Meu coração - mundo, mudo, Grita e sente amar..