domingo, novembro 8

Das Dores


Das Dores nem sentia mais
Angústias que guardava em si
Com seu rosto frio explicava
Coisas que não precisavam
De nenhum pingo de razão.
Suas dores não gritavam mais .
Queria mais que entendimento.
Isso, em cada choro guardado no peito
Já havia alcançado, agora era passado
E hoje o esperado era agir.
Da Dores desfez as amarras
Seguiu para o campo de flores espinhosas
Passava sem medo entre as braçadas
Sentia sua pele-alma ferida.
Mentia, mas as verdades escapavam
Mesmo sem querer, sem precisar..
Hoje todas foram libertadas
Das Dores saiu dentre as flores
Cheia de marcas e um sorriso intruso
Sangrando e de lágrimas velozes..
Batismo segundo, e necessário
Como Das Dores tantos outros
De vestido rasgado, peito sangrando
Mas na cara, um sorriso de ouro
Que nunca trocaria por nada
Nem pra salvar o vestido
Nem manter a pele alva.
Das dores, os sorrisos largos
E a compreensão de ser autenticamente humano

3 comentários:

  1. Então que mais uma vez fico sem palavras!
    Das dores só conheço sua margem-precipicio, em suas palavras fico feliz em saber um pouco mais de você, além do escrito!

    Beijos marida!
    Se não fosse sua "rígida"-delicada-presença não sei o que seria de minha saudável loucura!
    Tenho tanto apreço e carinho por você, pela sua companhia e sinceridade, pelo prazer de tantas vezes, no caminho sermos tantos e sermor só eu e você!

    Beijo!
    Amovocê, acho, um pouco, tá - obrigado!
    vou ver o pato Haroldo que convenceu o peixinho Doraldo a cometer suicidio no laguinho, um peixe que morre afogado!
    fuiz!

    (até em comentário, "falo" de mais")
    J-quest-Zuis!

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  2. Belo poema, e as dores são tantas que viram universais, mas qual o jardim que não têm espinhos?? BJS!!

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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