quarta-feira, setembro 28

Das Impertenças



Sempre vai me faltar meio coração, 
Meia alma, meio caminho, meio juízo
Pois sem você eu sou só metade 
Desencontrada no mundo real

Sempre vou travar minhas lutas
Com gigantes - velhos moinhos
Dentro do meu instante, sozinho,
Negando tudo que parece ideal

No meio de trilhas errantes,
Encontrando escadas, passagens, mirantes 
Me julgo incapaz de interrogar

Se serei capaz de investir
Em futuro, vida, carreira sem ti
Que, sem querer, deixou minha vela rasgar

Sempre vai me sobrar um espaço
Um verso, uma trova, um laço
Amarrado em cordão de três fios
No móbile que comecei a fazer

Sempre vou deixar um pedaço
Um retrato, um pano, um papel
Uma rima torta do meu cordel
Que aprendi a rimar com você

Mas se me perguntar se eu troco
Se vendo, se barganho, se encosto
Essa minha vida de colecionar outras almas

Eu pergunto o que é mais correto
Trocar o duvidoso pelo certo
Ou descobrir o poder da aventurança?

Um comentário:

  1. adorei o blog, gostei como vc brinca com as palavras, se quiser pode visitar o meu.
    www.alemdafronteira.blogspot.com
    e deixe seu comentário.

    ResponderExcluir

Obr1gad4 P0r S0m4r Com a G3nt3! =)