segunda-feira, julho 9

A Ponta do Lápis



Faxinava os pensamentos
Sangramentos incurados
Inesperado o momento
Do argumento indignado


Quebrou a ponta do lápis!


Sem a grafite da ousadia
Agonia dos mal amados
Invernou a poesia
Chovia - sem chover de fato


Nem fiz a ponta do lápis...


Intumesceu todo o pulso
Recluso que são os lábios
Disfarço qualquer soluço
Escuto - o som vem áspero


Guardei na gaveta o lápis.


Tinta crua, enfervescente
Milagrosamente sai ao acaso
Um rastro de Sol nascente
Aquece no rosto o sumo ralo


Aprendi a escrever de pena...

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