Pagando a Língua

Falei, jurei que nunca iria para aquele meio de perdição. Quem sou eu, menina quieta, que nem gosta(va) de festa, solta naquela multidão? E se uma garrafa voar? E se um braço quiser conhecer o meu nariz? Meus ouvidos só ouvem coisa fina, não me agrada estes ritmos. Mas, por motivo de força maior (muito maior mesmo) eu fui. Vamos lá, é só um mar de gente... Uma corrente que te leva, mesmo parado você chega até o final. Os pelos do meu braço vibrando a não - sei - quantos decibéis. Muitos braços, muitas pernas, muitos pés! E o ar, cadê ? Alguém segure meus pulmões, caso eles saltem! Quantos lugares podemos ver de um lugar só? Quantos pedaços de mundo nesta cidade de todos, tantos, quantos santos? Aguentei mais do que achava, um desafio a resistência do corpo. Gostei mais do que esperava, e mesmo voltando com a "Dalila", eu juro: ia de novo!
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Ps1: Nota mental para a branquela aqui: a menos que o preço de qualquer coisa esteja num papelão enfiado no isopor, legível (ou ilegível mesmo), pedir a um nativo pra comprar seja lá o que for.
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Ps2: Dalila: s. f., vidente que faz previsões positivas.
fig., nome "carinhoso" para a epidemia [rsrs] de gripe neste carnaval em SSA.