sexta-feira, novembro 19

Relógios

Relógios me engolem. Tropeço nos ponteiros e meus olhos fogem. Eu não quero saber que horas são. Não quero ter o tempo nas mãos, deixa ele ir, ele sabe o que faz. Inimigo desse tic tac descontínuo, sem ritmo, estou em cada minuto em um lugar. O pensamento rege o tempo e por ele é interrompido. Eu não consigo escolher onde é mais rico viver, lá fora ou aqui dentro. Não faço grandes festas. Não ganhei prêmios. Não conheci pessoas politicamente importantes.Mas aqui dentro também não é vida? Minha ação é cega, surda e muda. E muda?

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