segunda-feira, junho 15

Arte de Tanto Fazer


Já está tudo tanto fazendo, eu não acredito mais no tempo, tempo meu destruidor. Vai escorregando à francesa, não deixe os copos na mesa, levo o último jornal. Notícia da bolsa de amores: sobe e descer sem parar. Debaixo do travesseiro, barulho de celular. Desperto sem valer a pena, menos para o que devo despertar. Mudemos de rima. Deixemos de clima, acredito no teu mantra. Está tudo tão bom, está tudo tão certo, tudo tão tanto fazendo. Anoitece e amanhece e nada sai do seu lugar. Não consegui mudar de rima, talvez por terminar bem em cima do verbo que mora em mim. Deixemos. Não prometo mais e deixo que tudo tanto faça. Tanto fazer não deu em nada, porque nada se fez? Acato à formalidade, tirando a poesia das coisas. A ciência vive assim, explicando sem sentir nada. No fim dessas palavras, ninguém irá compreender. Se fossem fórmulas exatas, somariam um resultado só: vinte e três.


P[lay]s[tation]: mais de um personagem, tipo daqueles de clipe, que de mim. Aqui toca Cranberries. Às vezes se escreve pra não perder o motivo, mais do que pra dizer alguma coisa. Acredite se quiser. rss

domingo, junho 14

Nada Além - Frejat



Você não quer ver nada além do seu umbigo
E eu quero ver o que há depois do perigo
Você acha que ninguém sofre mais do que você
Talvez porque não saiba ao certo o que é sofrer
Ando pelas ruas cheirando a fumaça dos motores
Enquanto você fantasia suas dores de amores

Você não quer ver nada além
Que ninguém ensina nada a ninguém
Você não quer ver nada além
Que ninguém ensina nada a ninguém

Você não quer ver nada além do seu mundinho
E eu prefiro escrever meu próprio caminho
Você acha que ninguém sofre mais do que você
Talvez porque não saiba ao certo o que é sofrer
Você sonha ser princesa em castelos fabulosos
Enquanto eu vago na cidade entre inocentes e criminosos

REFRÃO

Fique com os seus bonsais, seus haicais
Sua paz, suas flores, seu jardim de inverno
Se isso é céu, Eu prefiro meu inferno


Ps: Certas músicas nos ouvem bem! Sem mais.