Deste dentro, um querer estar comigo, me levar pra jantar, me levar um presente, uma flor. Me acaraciar os cabelos, um cafuné pra dormir. Um quarto bem arrumado... pra mim! Um ver-se eu sem espelho embassado. Do lado de dentro ninguém entra. Só uns poucos, ousados, ms ainda resguardo esse namorar-me eterno. Em todo meu mundo, não há mais profundo sentir que somente eu e eu mesma, alí, colando pedaços de céu, juntando com rasgos de nuvens. Rindo ou chorando. Inventando filosofia pra cada desespero banal. Mancando ou correndo. Um vazio, ou esvaziamento... Que eu não comece a contar meus pesadelos, que medo. De sonhos, e de pesadelos. Por-do-sol que nunca mais eu vi! Anda difícil até ligar pra mim, deixar-me um recado, elogiar-me, que seja. Dentro da cabeça, notas e notas de coisas a fazer, nenhuma com você(eu). Um vinho, um desenho, uma agenda. Lane, por onde anda você?
Pronto, acabou.