Estive pensando no Cont4s V3rbai5. No início era o verbo. Depois as contas. Assim, surgiram expressões complexas e hoje posto textos só meus. Estive pensando em minha mania de agendas.. tenho várias e sempre foi algo quase vital pra mim tê - las. Escrever, me expressar! Em meio a cópias de poemas que eu adorava e " PS's " à vontade, pouco criava no início do blog. Tudo ficou mais parecido com minhas antigas agendas quando fui descobrindo a graça de escrever pra ninguém e mesmo assim, alcançar as pessoas. Meus escritos muitas vezes não tem porquê. São vivos a partir do momento que são lidos, e cada um vê o que quiser. Que baderna, não? (Favor não comparar às mensagens pessoais do msn). Às vezes escrevo apenas para não desperdiçar aquele motivo. Invento alguém e escrevo pra ele, só pelo prazer de provocar alguma coisa que nem pretendi provocar. (Des)Pretensiosa.. É só uma nota de qualquer coisa.. Se fosse uma agenda, rasgaria essa folha ou desenharia em volta. Escrevi só pra não ter a obrigação de rimar ou seguir o compasso do texto. Só pra virtualizar meu jeito agendado de ser.
quarta-feira, setembro 16
À Desvontade.
À desvontade foi deixando.
Foi crescendo, foi tomando,
Já não sabe mais o que é.
Foi um encanto, um feitiço?
Um quadro raso, bonito,
Cuja moldura quebrou
Derramando a imagem.
À desvontade largou as rédeas
Solto na estrada.
Estava caminhando só.
E agora, só com ele mesmo!
A desvontade meteu - se na história
Pendurada nos ponteiros
Pra camuflar o tempo
Interromper os desejos
Deixar as portas abertas
Pra tudo passar, sem pensar
E ela não ser questionada,
Ficando, morando, plantada
A desvontade de mudar...
Foi crescendo, foi tomando,
Já não sabe mais o que é.
Foi um encanto, um feitiço?
Um quadro raso, bonito,
Cuja moldura quebrou
Derramando a imagem.
À desvontade largou as rédeas
Solto na estrada.
Estava caminhando só.
E agora, só com ele mesmo!
A desvontade meteu - se na história
Pendurada nos ponteiros
Pra camuflar o tempo
Interromper os desejos
Deixar as portas abertas
Pra tudo passar, sem pensar
E ela não ser questionada,
Ficando, morando, plantada
A desvontade de mudar...
Ps: A mudança confundida.
segunda-feira, setembro 14
TV - Te Vê!
A TV ligada
Blusão, no chão descalça
Mão no copo, água gelada
Frio nos dedos, na boca,
por dentro na alma
Esta sala que faz eco...
Prazo de validade à solidão.
Em qual das mãos está escrito?
A TV ligada.
Uma caixa, companhia, madrugada
Essa casa gelada
Essa boca sem voz
A alma descalça no chão
Qual o prazo de validade?
A TV ligada.
Na calçada, passadas
Nenhuma termina no trinco da porta.
Esse modo de viver
De conviver pela metade
Qual o prazo de validade?
Palavras geladas no peito.
A TV ligada no centro da sala.
Sem gente, só um corpo oco
Aos poucos, 1 dia pode ser nada
O copo no chão,
Das mãos, água na cara.
Um oco na alma
E uma fé estranha
Aquele peito guarda..
Botão de TV. Desligada.
Mais uma noite sem fim..
sexta-feira, setembro 11
Cadeira Vazia
No centro da sala marcava um lugar privilegiado
O homem sentado conhece o tamanho do seu poder
Tudo vê pela janela: Quem passa quem fala,
E as peripécias dos netos pelo terreiro.
Os pássaros cantam para a entrada do rei
Sua rainha se põe majestosa ao seu lado
O rei que vive calado conhece a todos
Todos temem que a mentira possa ser desvendada
Do seu trono tudo conhece
Desde o tempo das plantas, e as nuvens de chuva
Adentra seu tempo, cadeira da sabedoria
Tudo conhece e me conta de sua vida
Convida a quem chega para dividir
Um rei generoso, firme e amável
Conhecer o mundo através de seu olhar
Lobisomens, caiporas, secas e filhos
Rios de história pra contar.
Hoje a cadeira vazia representa tanto
No centro do templo familiar
Sem o cheiro do cigarro de palha
Sem o reclamar do barulho
A cadeira vazia, como uma técnica da psicologia
Se hoje eu falar tudo que não disse...
Não é mais importante.
O rei em seu túmulo, deixa seus descendentes
Orgulhosamente, valores que soube ensinar
Eu já vi o rei chorar.
Já o abracei como a um gigante!
Já o vi fraco e mesmo assim, forte..
Em meu peito, vida longa ao rei!
Justo, misterioso, vínculo de sangue.
Em seu nome, o que vemos.
Em seu peito, o que sabemos?
.
.
Ps: dedicado ao meu avô Pedro.
O homem sentado conhece o tamanho do seu poder
Tudo vê pela janela: Quem passa quem fala,
E as peripécias dos netos pelo terreiro.
Os pássaros cantam para a entrada do rei
Sua rainha se põe majestosa ao seu lado
O rei que vive calado conhece a todos
Todos temem que a mentira possa ser desvendada
Do seu trono tudo conhece
Desde o tempo das plantas, e as nuvens de chuva
Adentra seu tempo, cadeira da sabedoria
Tudo conhece e me conta de sua vida
Convida a quem chega para dividir
Um rei generoso, firme e amável
Conhecer o mundo através de seu olhar
Lobisomens, caiporas, secas e filhos
Rios de história pra contar.
Hoje a cadeira vazia representa tanto
No centro do templo familiar
Sem o cheiro do cigarro de palha
Sem o reclamar do barulho
A cadeira vazia, como uma técnica da psicologia
Se hoje eu falar tudo que não disse...
Não é mais importante.
O rei em seu túmulo, deixa seus descendentes
Orgulhosamente, valores que soube ensinar
Eu já vi o rei chorar.
Já o abracei como a um gigante!
Já o vi fraco e mesmo assim, forte..
Em meu peito, vida longa ao rei!
Justo, misterioso, vínculo de sangue.
Em seu nome, o que vemos.
Em seu peito, o que sabemos?
.
.
Ps: dedicado ao meu avô Pedro.
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